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terça-feira, maio 11, 2010

Um pouco de história do Surf de Itajaí (parte 2)

Após a grande procura e o sucesso em incrições e de participações do Mad Gang em 1998, em que eu Sandro e o Pezão organizamos, ficamos com uma pulga atrás da orelha, pois fizemos e tá feito, tudo bem, só que não foi um evento bem organizadinho, foi muito em cima da hora, na loucura e vários detalhes com defeitos apareceram e fizeram um boca a boca rolar da falta de organização e da certa bagunça que rolou naquele evento.
Com isso decidimos então fazer um outro evento, esse da Mad Gang rolou em fevereiro, e começamos a unir idéias para organizar um outro com mais tempo e seria para o mês de maio de 1998, o nome já tinhamos escolhido, se chamaria "Brava Power de Surf Amador", colocamos mais um membro na equipe que seria o 3º elemento, Rato Maíco, então nos três começamos a surtar em idéias, e decidimos fazer um evento válido para algum ranking como um atrativo para mais inscritos, mas para fazer parte de algum ranking, deveriamos ter uma associação de surf ativa, então optamos em visitar o presidente da ASBC que foi o 4º membro a entrar no quarteto que se formava, Eduardo Amorim.
A participação de Eduardo Amorim foi fundamental, pois a ASBC com mais estrutura na época e Know-How (saber fazer), possuia um projeto que apresentava a proposta de projeto, cronograma e dividia o evento em cotas de patrocínios e apoios. Nisso entra um 5º elemento que nos ajudou em muito nas confecções das artes, o Emanuel Maninho do Horto Florestal, terminamos o projeto dividimos as cotas de patrocínios, já estava tudo esquematizado, eis que começava a dar um frio na barriga, porque chegava a hora de cair na estrada atrás de patrocínios, já estavamos em débito com o Maíco e o Mano por causa das artes e das despesas de condução (gasolina), pois iamos pra cima e pra baixo atrás de detalhes desse evento, agora não dava mais para voltar pra trás. 
Então eu e o Maico, fomos para Balneário para irmos com mais o Amorim nas empresas atrás do patrocínio, Eduardo não estava, o pezão tinha compromisso, eu e o Maico sentados no calçadão de Camboriú, olhamos um para o outro e dissemos, vamos nós dois atrás disso logo de uma vez por todas, então fomos, não sei o porque mais a 1ª empresa que me veio na cabeça foi a Unimed Litoral, voltamos para Itajaí, entramos na época que era uma casa e pedimos para falar com alguém sobre um patrocínio, vem uma mulher que nos recebe meio desconfiada, era a gerente de marketing, mas com o desenrolar da proposta que iamos apresentando, ela começou a ver em nossos olhares que tinhamos além de uma proposta, tinhamos um sonho por detrás daquilo, e a forma com sinceridade que transmitimos a seriedade do nosso objetivo, fez com que ela aceitasse em levar para a diretoria o projeto.
Ficamos aguardando, pois era a maior cota que estavamos vendendo para a Unimed, o evento estava orçado na época em R$ 3.500,00 naquela época esse dinheiro valia 5 vezes mais do que vale hoje, e a cota da Unimed era R$ 1.000. Então estavamos todos os 5 reunidos na casa do Mano e já planejando uma próxima  empresa a ser visitada quando o celular do maico toca, Tcham Tcham Tcham, ficamos no suspense, aiaiai, era da Unimed, Maico conversa por uns dois minutos e desliga o telefone com uma cara de decepção, mas quando ele nos diz o resultado - A Unimed comprou o nosso campeonato, imagina a alegria desses meninos, davamos pulos de alegria abraçados uns com os outros.
E agora ? vamos fazer uma festa pra lançar o campeonato, fomos em uma distribuidora de bebidas em que a ASBC tinha conta e pegamos consignado 100 caixas de cervejas long neck da Kaiser Summer Draft para vender no dia do lançamento do evento na casa do maíco e que cobrariamos até a entrada, fizemos as propagandas da festa de lançamento por tudo que é lugar e nas noites de Itajaí e Balneário, no dia da festa de lençamento, tinha nego saindo por ladrão naquela casa, era tanta gente tanta gente, vendemos todos os convites, a casa lotada fazendo fila pra comprar cerveja a R$ 2,00 e custou R$ 1,00 cada uma, vendemos 50 caixas naquela noite, deu pra pagar a distribuidora e sobraram limpinhas 50 caixas de cervejas só pra nós, e mais o dinheiro das entradas, já pagamos o que deviamos de gasolina e artes na qual deviamos.
Conseguimos mais alguns apoios fortes, depois da Unimed, porque depois de ter vendido a cota principal, o que faltava ainda foi mais fácil, digo fácil porque teve muita empresa que nos procurou para entrar no campeonato, empresa de confecção, surf shop, o Jailson entrou com 4 pranchas e tudo acontecia de vento e popa, mas começou a rolar uma divisão a partir de um certo tempo, pois o evento não seria mais na brava, seria no meio do Atalaia, e aí começava uma outra história que contarei na parte 3.

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