Hurley Pro Trestles 2010// Report Final//
Com um lineup perfeito na casa dos 5 pés, Trestles mandou evidências de que teríamos uma final de evento com condições épicas. Mesmo com pequenas alterações durante o dia, as séries apareceram bem e os surfistas precisaram de muita paciência e ótima escolha de ondas.
No início da manhã, quatro dos oito atletas que haviam perdido suas baterias no round 4 foram definitivamente eliminados da etapa. CJ Hobgood não passou por Kieren Hobgood, Kelly desfilou sozinho durante 30 minutos em Trestles com a confirmação de que Chris Davidson não apareceria para a bateria e Bede Durbidge passou discretamente por Ace Buchan. Dane Reynolds aproveitou que Damein Hobgood também não se encontrava em situação mais inspirada (como em sua bateria contra Adriano de Souza) e se juntou aos demais nas quartas de final.
Na 6ª fase do campeonato, fim de jogo para Kieren Perrow em duelo contra Mick Fanning e vingança plena para Kelly Slater pra cima de Owen Wright. Embora o aussie tenha se apresentado muito bem, e quase tenha aprontado mais uma vez pra cima do Careca, Slater não dexiou barato para o rookie, imprimiu ritmo forte e mandou scores que garantiram qualquer possibilidade de Owen o surpreender novamente na etapa. Bede Durbidge, por sua vez, conseguiu o feito de eliminar o líder do ranking Jordy Smith, numa disputa onde vimos muitos erros e chances perdidas para o sul-africano e uma performance discreta novamente do aussie. Com o vacilo de Jordy, mesmo perdendo, Kelly Slater já passaria a ser o número 1 do ranking dali em diante. Mas as coisas não andavam muito para esse lado. Na 2ª final antecipada e consecutiva em Trestles, Taj e Dane travaram mais uma ótima disputa, mas o aussie não conseguiu uma segunda nota expressiva e acabou sua participação no Hurley Pro com um autêntico blecaute, a julgar pelas boas atuações que vinha apresentando até então.
Nas semifinais foi a hora de Mick Fanning travar e desaparecer para a competição. Depois de um ótimo 8.87 do Careca, Fanning se mostrou nervoso e basicamente incapaz de reagir. Melhor para Slater e seu jogo psicológico: terceira final para Kelly no ano. No outro confronto das semi, torcida para a final 100% americana e decepção dos locais pela performance irreconhecível e até certo ponto manjada e corriqueira de Dane Reynolds. Dane foi para um tudo ou nada muito cedo na bateria e acabou desanimado ao ver seu adversário, o mais uma vez discreto Bede Durbidge, pontuar tão pouco para avançar. Dane não saiu de notas na casa dos 2 pontos, forçou manobras o tempo inteiro e não soube administrar o duelo. Suas chances de vencer algo no Tour parecem proporcionais às da Quiksiver resolver contratar um psicólogo para acompanhá-lo no circuito!
Na final, o que a maioria vinha prevendo: Slater dominou a bateria de cabo a rabo, colocou Durbo em combinação com menos de 15 minutos, administrou bem sua vantagem e tentou a onda da etapa nos últimos minutos com direito à barrel em Trestles. Ovacionado em peso pela praia, a onda de Kelly valeu 9.53. O juiz brazuca foi o único a reverenciar o Rei com um perfeito 10, nota que evidentemente ele não necessitaria nem pra vencer o confronto e muito menos para disparar na liderança do WT e começar a farejar (agora sim) seu 10º caneco na elite mundial.
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