Por Julio Adler
Algumas pessoas estão habilitadas a dar essa resposta. Uma delas é Derek Hynd, mais de 30 anos cortando as direitas como faca quente na manteiga e dono da casa mais cobiçada do pico. Para ele, o único que se salva é Slater. Sem Parko aqui, eu fecho com ele. E que diferença isso faz? Pergunta o internauta mais atento que percebeu que hoje nem tivemos Slater, ora bolas. Tivemos hoje alguns momentos de brilho isolado e pelo jeito completamente aleatórios. Jay Thompsom fez uma nota dez, maior média do evento, 18 e cacetada e foi devastado pelo Mineiro. E Mineiro não tem surfado tão bem assim. Ele tem contado com a boa vontade dos juízes, assim como Jordy, Dusty e Bede. Bede deveria ter perdido ontem se os juízes fossem sérios, Dale Staples surfou mais. Afinal de contas, quem é Dale Staples e o que ele faria no resto do ano, é a pergunta que a ASP deve fazer a si própria antes de soltar as notas. A resposta? Bem, ninguém… Por isso Bede DEVE passar! Jadson teve a falta de sorte de surfar contra Sean Holmes, herói local que já fez Andy Irons passar por momentos constrangedores quando estava no auge da sua carreira, batendo-o duas vezes em ondas perfeitas. Amanhã Holmes enfrenta Slater e Andy encara o magrelo da calça apertada, Luke Stedman, caso avancem voltam a se encontrar em Jeffreys pela primeira vez desde a final épica de 2005. Neco sobreviveu mais um round e pode até sonhar, quem sabe? Com sua continuidade no World Tour, coisa que dificilmente acontecerá com Marco Polo, com três 33ºs na marca do pênalti.
Owen Wright é dos poucos goofys que consegue ser, por poucas vezes, compacto com sua prancha aqui nessas paredes. Luke Egan tem sido o melhor dos goofys nas sessões fora do campeonato, longe! Occy seria tambem se estivesse surfando. Esses dois sozinhos surfam numa distância inatingível pela turma do World Tour. Drew Courtney teve finalmente seu grande momento no circuito, um longo tubo com três diferentes sessões, 9.33, fosse Kelly, Andy ou Mick, seria um dez limpo porque eles sairiam limpos pela porta da frente, enquanto Drew conseguiu cagar na saída. Jordy continua no seu excepcional ritmo onde qualquer onda medíocre transforma-se num high score. Sua segunda onda contra um Nate Yemomans completamente vendido foi julgada alta demais, e na seguinte, que surfou pelo menos dois pontos acima, teve apenas quatro décimos de diferença. O julgamento do circuito passa por uma situação confusa e sem direção – tudo pode acontecer. A previsão para amanhã é de leve subida e, esperamos, alguma consistência, porque a tarde de hoje foi pobre de ondas. Existe a forte possibilidade de baterias simultâneas ainda.
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