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quinta-feira, julho 29, 2010

Quem falou que o Brasil não tem onda

Tal como Jeff Clark em Mavericks, a Ilha da Mãe em Niterói já era surfada muitao antes de ser descoberta pelo grande puúblico, por um doido que se arriscava sozinho nos anos 80.

Sua avó tinha casa na praia em frente e ele sempre chamava seus amigos para conhecer a laje secreta, são apenas 40 minutos remando, dizia ele.


Em 1997, o fotografo Rick Werneck foi até lá com um grupo de amigos e registrou pela primeira vez o potencial da Ilha da Mãe.
Estamos agora em 2010, Marcelo Trekinho, Rodrigo Resende, Eraldo Gueiros, Danilo Couto, Bruno Santos e um pequeno grupo de 
surfistas e bodyboarders atacaram as lajes cariocas com um abandono e apetite por bombas nunca antes visto em águas cariocas.
Caçar lajes nunca antes surfadas e experimentar ondas de difícil acesso é o novo hobby d'aquela estirpe de surfistas que não se satisfaz apenas com ondas comuns.
Não digo que é já uma febre, mas a coisa anda com contornos de obsessão para alguns dos viciados nessa dose exagerada de adrenalina.
Tem tantas lajes aqui no Rio. Algumas delasnunca surfadas. O litoral carioca recebe muita ondulação no inverno, diz Marcelo Trekinho, talentoso surfista carioca que passou os últimos 10 anos tentandoa sorte no WQS e agora se dedica inteiramente a caça de ondas secretas e inusitadas. 
Trekinho estava nas duas sessões que entraram para a historia do surfe brasileiro nesses últimos meses, uma na Ilha da Mãe e outra, ainda mais inusitada, dentro da famosa Baía de Guanabara, e diz que no futuro tudo pode acontecer no litoral brasileiro com a ajuda dos jet skis. 


Campeão mundial de tow in em 2002 num mar épico em Jaws, Rodrigo Resende não resistiu ao chamado da Ilha da Mãe e resolveu ir conhecer de perto o power da onda.
Não tem muita comparação com Teahupoo, diz Resende, o drop em Teahupoo é razoavelmente fácil, enquanto na Ilha da Mãe o drop é muito mais rápido e perigoso porque é todo irregular. Uma vez lá dentro, até lembra um pouco um Teahupoo pra Direita.
Aquela onda é a onda que eu sempre quis aquino Rio, um tubo seco e animal, confessa Rodrigo. Por enquanto, ainda não há menor pudor de revelar os nomes ou localização dos picos, pouca gente está habilitada a surfarnessas lajes quando as condições estão acima dos 10 pés.
Trekinho recomenda o uso de coletes especiais para flutuação, caso contrario o caldo pode custar caro - a laje que provoca os lipes mais grossos do nosso litoral pode ficar quase exposta, menos de um metro de profundidade.
Kiron Jabour foi surfar na remada, assim como Jon Jon Florence, de passagem pelo Brasil para um WQS em Saquarema, num dia menor e fez uma indesejável visita ao fundo, custando um belo corte no joelho.
No meio duma das paisagens mais deslumbrantes de todo planeta, em pleno coração da cidade maravilhosa, enquanto centenas de surfistas passam de carro pelos lugares mais triviais em direção ao trabalho, um desses loucos podem estar pegando a onda mais absurda do ano.
Na maioria das vezes. Esse e' o lugar mais seguro pra ficar na onda. Foto: Jaime Redivo
Big rider mundialmente reconhecido, Danilo Couto desenha uma linha direta abaixo do nível do mar nessa grossa massa d'água na Ilha da Mãe. Foto: Tony D'Andrea
Voltando pra casa num oceano realmente vivo. Foto: Patricia Kroger/www.fusozerofilmes.com.b
Flávio Oliveira puxado por trás do pico. "Fazer Tow in lá em um dia bom era um sonho desde que comecei a usar o Jet-Ski," ele diz. "E finalmente realizou-se." Foto: Patricia Kroger/www.fusozerofilmes.com.b

Felipe "Gordo" Cesariano que foi um dos indicados no Billabong XXL Monster Paddle por uma bomba na remada na baia de Waimea no inverno passado . Ele voltou ao Brasil ainda em tempo para encarar esta besta - na ajuda de PWC. Foto: Bidu/www.revistasurfar.com.br
Felipe Cesarano numa massiva direita na Guanabara. Foto: Bidu/www.revistasurfar.com.br
Eraldo Gueiros com a fortaleza de São Sebastião aparecendo ao fundo. Photo: Andre Portugal/www.revistasurfar.com.br
Eraldo Gueiros vindo por trás de um sólido lip, não longe do Pão de Açúcar e do aeroporto de Santos Dummont. Foto: Marcos/www.revistasurfar.com.br
Ian Cosenza ultrapassa numa avalanche enquanto Carlos Burle assiste do PWC. Foto: Bidu/www.revistasurfar.com.br
Carrossel de PWC, no coração do Rio. Foto: Bidu/www.revistasurfar.com.br




Marcus Pettini colocando pressão no bottom em uma laje de responsa. Photo: Almeida
Marcelo Trekinho em uma das ondas mais ridículas já fotografadas no Brasil. Foto: Tony D'Andrea
John John Florence, se beliscou para ver se era real! - água azul -azul, sólido reefbreak. "Isto é Brasil? Amarradão!" Foto: Tony D'Andrea
John John Florence, Ilha Mãe. O Havaiano esteve no Rio de Janeiro para o WQS e surfou a lendária onda em um dia menor. Remar la não e' uma boa idéia pra surfista não inexperiente. Foto: Tony D'Andrea
As lajes estão sendo descoberta em todo o mundo; o mais recentemente no Brasil, um país conhecido pela maior parte por beachbreaks. Thiago Jacaré, despencando e esperando o melhor. Foto: Lucas Barnis


Marcelo Trekinho - não olhe pra atrás! Conte o número de lips atrás dele. Foto: Tony D'Andrea


Matéria que saiu no site surfline. Sim o Brasil tem muita onda !!!


Reeditado e extraído:http://goinsurf.blogspot.com/

Um comentário:

Marcel Miranda disse...

Ola Sandro, quando pegar materias de outros sites lembre-se que sempre devemos colocar os devidos creditos, no caso dessa materia, que foi publicada no site surfline e re-editada pelo site goinsurf.blogspot.com
Um grande abraco
Marcel Miranda